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CHPC 23 de DEzembro de 1988

 

Como nasceram a Escola de Música e o Coral Públia Hortênsia de Castro 

 

O dia Mundial da Música foi celebrado na cidade de Elvas no ano de 1987.

Mais propriamente nos dias 1,2,e 3 do mês de Outubro desse ano.

A escolha das cidades, a eleger para o efeito, fazia-se por ordem alfabética. Em 86, fora Castelo Branco, a cidade eleita e, no prosseguimento desse critério, nesse mesmo ano, foi perguntado à Câmara de Elvas se lhe interessava dar guarida às comemorações de 1987.

 

Aceita a ideia, para melhor se avaliar dos preparativos necessários para o decurso de tais celebrações foi decidido que se deslocasse à cidade de Castelo Branco uma representação da Câmara de Elvas correspondendo assim ao convite que, para tanto, lhes havia sido enviado. 

 

Designaram-se para o efeito a vereadora: Maria José Rijo - independente - que defendia,  os pelouros da Cultura e Turismo e o Eng. Barrocas Guerra, que representava no elenco o partido Socialista, e, a quem foram atribuídos – Freguesias e desenvolvimento do Concelho – ambos vereadores sem vencimento. Por sugestão de Maria José Rijo, logo apoiada por Barrocas Guerra, procurou-se incluir nesta embaixada alguém com formação musical.

 

Assim, dado o apreço, e o reconhecimento geral, no meio, do saber e competência da professora de música Dona Maria Elvira Vaz Serra Cabrita, foi ela a pessoa escolhida, até porque, não se tratando de actividade lucrativa ou paga, de qualquer modo, só o amor à causa e a amizade poderiam unir em empreendimento de tamanha responsabilidade a distinta musicóloga e a vereadora.

 

Informado o elenco camarário do resultado da visita, foi delegada na pessoa da Vereadora toda a responsabilidade na preparação das

Celebrações, com a obrigação, lógica, de ir comunicando à Câmara, a par e passo, todos os projectos de quanto se fosse organizando e decidindo.

Consultada Dona Maria Elvira Vaz Serra Cabrita, sobre as necessidades mais prementes, no campo musical na cidade de Elvas, e do que seria possível organizar para a preparação de uma recepção condigna a quantos nos visitassem, propôs de imediato que o Pelouro da Cultura providenciasse esforços para a formação de um Grupo Coral e que se usasse a oportunidade para se tentar, posteriormente conseguir a criação de uma Escola de Música.

A Câmara aplaudiu a ideia, deu parecer favorável.

Então, nas instalações do Turismo abriram-se as inscrições para os possíveis candidatos e, através da rádio local e dos jornais fez-se circular a notícia.

A adesão foi, pode dizer-se, notável.

 

Foram elementos fundadores do Grupo Coral na sua primeira aparição em publico no dia 30 de Maio de 1987 num Convívio Musical na sala Públia Hortênsia de Castro da Biblioteca Municipal.

 

Tenores: 

 

Manuel Duarte

Diogo Santos

Diogo Santos

António Lopes

António Lopes

António Vinagre

Luís Santos

Lemitamen Santos

 

Contraltos:

 

Fernanda Velasques

Teresa Moita

Lurdes Vinagre

Susana Duarte

Ester Martins

Cláudia Jessica

Beatriz Feiticeiro

Joana Conceição

Aida Miguens

Emília Adriaça

Rosa Abrunheiro

Francelina Coelho

Valentina Marques

 

Sopranos:

 

Luísa Mata

Laura Miranda

Patrícia Duarte

Ana Maria Monteiro

Ana Joaquina Pinto

Maria Joana Mé

Rita Barradas

Teresa Esperança

Rosa Cidrais

Maria das Dores Romão

Joaquina Gonçalves

Carlota Cabaceira

 

Baixos:

 

José Luís Drogas

José Nunes

António Balsinhas

Alberto Marinho

Manuel Barroso

Manuel Figueira

 

Generosamente aceitou as funções de Maestro, sob a orientação de Dona Maria Elvira o, então ainda, estudante de Música do Conservatório de Badajoz - Carlos Velasques

 

Dona Maria Elvira Vaz Serra Cabrita, conhecia o Plano Cultural que fora apresentado à Senhora Secretária de Estado da Cultura Doutora Teresa Patrício Gouveia e que havia merecido a visita a Elvas do Doutor Joaquim Roque Abrantes para expressar, pessoalmente, a aprovação e apreço em que fora tido, e , do qual, pela oportunidade, aqui agora se mostram a introdução e o enunciado das rubricas que o integravam.

 

Exposição Entregue À Senhora Secretária De Estado Da Cultura

 

Cultura

a) Introdução

 

b) Acções levadas a efeito durante o ano 1986 na Biblioteca

 

c)Acções levadas a efeito durante o ano 1986 no Museu

 

d)Principais Acções Culturais a levar a efeito durante o ano de

1987

 

e)Carências mais prementes na Biblioteca e no Museu

 

f) Algumas obras bastante carecidas de restauro

 

g) Obras com premente necessidade de serem editadas.

 

 

a) Introdução

 

                  A cidade de Elvas para ter o desenvolvimento Cultural

e Turístico de que necessita e merece deverá ser considerada no todo, como Cidade - Museu inter-muralhas, de modo que tudo nela se interligue, conjugue e funcione como peça única.

                   Dada a sua posição geográfica que a situa na Fronteira com Espanha, Elvas, deverá ser dotada de todas as condições para marcar desde logo as diferenças de cultura e maneira de estar no mundo, que definem os dois povos ibéricos – Português e Espanhol.

                    Elvas, pode e deve conviver longamente com o País vizinho, mas deverá ter condições para defender todo o seu património cultural identificador – muito especialmente a pureza da língua – tradições, história, música, usos, costumes, … etc, etc…   

                      Torna-se pois evidente a urgência de olhar Elvas não como “ a última cidade que está lá para junto da fronteira com Espanha” – mas, sim, como a “primeira cidade” que os milhares de utilizadores da fronteira do Caia, encontram ao pisar terra Portuguesa. Elvas tem que ser radical a defender a sua condição de cidade Lusíada – porque é aqui que Portugal primeiro se mostra e se define.

 

“ Chave defensa escudo

Sou do Reino Lusitano

Freio sou do castelhano

Elvas sou e digo tudo”

 

Maria José Rijo (acreditei -- causas que defendi)

 

Numa das alíneas referentes ao desenvolvimento cultural, que deveria centrar-se nos espaços -Biblioteca – Museu , constava:

Está em curso uma profunda remodelação no funcionamento da Biblioteca e Museu Municipais. Contamos inaugurar dia 11 de Junho a sala Eurico Gama – que acolheu o legado do escritor, investigador, etnólogo e historiador elvense de cerca de 6000 livros.

Para o efeito remodelou-se a instalação eléctrica,caiaram-se já algumas dependências, consertaram-se estantes.

Após a inauguração deste sector a Biblioteca continuará em obras para a criação da “Sala do Conto”compartimentação dos claustros para “Sala de Música”, arejamento de livros, remodelação de instalações sanitárias.

A posterior utilização como espaço vivo de cultura destas dependências melhoradas dependerá para o efeito de aquisição de aparelhagem de som – um fotocopiador – desumidificadores, e, até de um autocarro que possa permitir às crianças das freguesias o acesso à utilização das estruturas criadas e à comparticipação das actividades a elaborar – dadas as distâncias dos seus lares à cidade e a diferença entre os horários escolares e os horários das actividades a fomentar para levar a cidade à freguesia e a freguesia à cidade na procura de identificação e diferenças.

 

Seguiam-se a enumeração de dez objectivos principais, sendo o primeiro:

Pretende-se música ambiente (na Biblioteca no Museu) em torno do tema: - “um compositor por mês”

 

in paula-travelho.blogs.sapo.pt

 

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